Iniciação nos Mistérios Femininos
As provas e desafios que levam a mulher ao desenvolvimento pleno de seus poderes. Os Mistérios Femininos são os Mistérios do Corpo e do Sangue da Mulher, os Mistérios da Mãe e da Filha celebrados desde tempos muito antigos.
Revelam a passagem através das diferentes fases da vida feminina e sua conexão com os ciclos cósmicos.
Já eram celebrados no Paleolítico Superior há 35.000 anos, pelas sacerdotisas e xamãs, segundo mostram as pinturas que ainda se conservam nas cavernas. Estes eram também os Mistérios de Ísis no Egito e os famosos Mistérios de Elêusis.
Nascimento, menstruação, gestação, climatério, morte e renascimento. As aspirantes passavam um tempo dentro do útero terrestre; cavernas, templos, pirâmides ou as Kivas da América Nativa, revivendo o período de gestação para renascer num nível de consciência cada vez maior. Assim, aprendiam a curar, a desenvolver a visão, o dom de profecia, a comunicação com seres sutis como fadas, gnomos e anjos e a receber a guia dos antepassados, das Deusas e Deuses, das Estrelas, Constelações e Galáxias. Posteriormente estes Mistérios foram substituídos pelos Mistérios do Pai e do Corpo e o Sangue do Filho e, durante a Inquisição, destruídos nas fogueiras.
Após o término das perseguições, chegou a era da descrença do século XVIII. Tão grande foi o medo, que a maioria das mulheres tentou adormecer seus poderes, apagar a intuição e a visão e esquecer os sonhos, porque isso era ”coisa do demônio”.
Aceitaram ser culpadas pelas desgraças da humanidade e, especialmente, por sentir prazer através do sexo e da gestação. As antigas receitas que ajudavam a mulher a atravessar com consciência e plenitude pelas transformações da vida foram destruídas e até desvalorizadas pelas próprias herdeiras da Tradição.
Mas a Roda da Vida continua girando e a Deusa volta, através de sonhos e insights revelando seus segredos para as mulheres de hoje. Algumas Escolas de Mistérios -que sobreviveram na clandestinidade- reaparecem permitindo às aspirantes confirmar e direcionar suas experiências.
O conhecimento que nelas se recebe não é teórico ou intelectual, é o desenvolvimento pleno em todos os níveis.
Também chamado Caminho de volta ao Lar ou Caminho de Iniciação, nele se apresentam as provas e desafios através dos quais a mulher comum começa a descoberta dos seus próprios poderes.
Quem encara a caminhada é a mulher insatisfeita com a vida que está levando e que sente a força de um novo Eu emergindo, mas ainda sem forma.
Morrendo de medo ou isolada, em certas ocasiões, sente seu próprio mundo quebrar-se. O corpo dói, mas é através dessa dor que se manifesta como um instrumento consciente conectado com a alma.
Às vezes um acontecimento inesperado como doença, divórcio, perda de emprego, precipitam a busca. Ali começa o Caminho da Peregrina, ainda confusa, mas determinada na procura da sua identidade feminina, seu verdadeiro centro de poder.
O lugar que ela busca está numa dimensão sutil, numa Ilha Sagrada, assim como Avalon, Shamballa e algumas outras, nas quais o mundo conhecido e o ”outro mundo” se sobrepõem.
Para entrar, temos que atravessar uma porta dimensional oculta pelas brumas.
A Chave é um tesouro que a aspirante demora muito tempo para encontrar.
Exige um preparo intenso e laborioso, pureza de coração e amor e respeito pela Natureza.
Muitas vezes a chave é entregue por outra irmã de caminhada, uma sacerdotisa ou uma Deusa. A guia iniciadora é uma parteira da alma, é quem nos dá a mão para efetuar a transição. No primeiro nível também chamado Iniciação Lunar, o poder dos Quatro Portais e as Quatro fases da Deusa é revelado e desenvolvido.
Então, ela é aceita na Escola de Sacerdotisas e convidada a participar dos Mistérios Maiores, ou Iniciação Solar.
A Sacerdotisa é a mulher que sente o chamado do corpo planetário e aprende a afinar suas energias para canalizar conscientemente as forças universais em beneficio da vida toda. Desenvolve um trabalho circular, altruísta e solidário, fazendo parte de um grupo de apoio (coven).
Nos Grandes Festivais, estes grupos se reúnem para comemorar os encontros das Grandes Forças Cósmicas e distribuir estas energias para formar entre todos uma Rede de Luz. No centro do Mistério, a Sacerdotisa é a ponte entre o Reino Humano e o Divino e o vaso onde se processa a alquimia.
Ela terminará esta fase como uma Grande Sacerdotisa, preparada para atravessar o último véu que a transformará numa Deusa. Isto não é uma imagem simbólica ou uma metáfora poética, é um processo real de conversão da energia que conduz à formação de um corpo sutil, o Corpo de Luz. Com ele Maria ascendeu aos Céus e, como ela, tantas outras e outros iluminados se manifestaram através dos tempos para todos os povos.
Fonte: www.gineterapia.com